Dados do Inmet revelam que os meses de julho a novembro foram os mais quentes registrados desde 1961, com temperatura média nacional que chegou a até 1,6ºC acima do esperado.
Aquecimento global e El Ninõ estão diretamente relacionados com anomalias de temperaturas em 2023 Luísa Rivas e Gabriel Croquer/Arte g1 O Brasil teve, até novembro, 8 meses com temperaturas acima das médias históricas, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A maior variação ocorreu em setembro, quando os termômetros ficaram 1,6°C acima da média do país, com variações pontuais em localidades que tiveram até 3°C acima do "normal".
Na animação acima, veja quais foram as regiões afetadas.
Confira a temperatura na sua região durante a onda de calor.
Esses registros acima ou abaixo do esperado são chamados de anomalias, porque variam do que é a normal climatológica – um valor calculado com base nos dados de, pelo menos, 30 anos para determinar qual é o normal para aquele lugar em cada período do ano.
Em 2023, os dados mostram que, de julho a novembro, quase todo o território do país registrou temperaturas mais altas do esperado.
Segundo o Inmet, todos esses cinco meses foram os mais quentes registrados desde 1961.
A previsão para dezembro, outro mês com onda de calor, é que as temperaturas voltem a ficar acima do esperado na maioria do país, além de nova possibilidade de recorde histórico.
Veja como a temperatura superou o esperado em 2023 Luisa Rivas/Arte g1 Aquecimento global e El Niño Segundo o meteorologista da Climatempo Fábio Luengo, o aquecimento global e o fenômeno climático El Niño são os responsáveis pelas temperaturas altas em 2023 – ano mais quente em 125 mil anos.
A diferença entre eles é que o aquecimento global é gerado diretamente pela ação humana e afeta os termômetros em longo prazo.
"A gente tem o efeito estufa, que é um processo natural do nosso planeta e retém parte do calor que chega, o que é essencial para vida.
O aquecimento global ele está aumentando o efeito estufa, retendo mais calor do que deveria, com isso a temperatura média do planeta está subindo", explica Luengo.
Já o El Niño afeta as temperaturas a curto prazo e não tem relação com o aquecimento global.
"No Brasil, os principais efeitos dele são o Sul mais chuvoso e o Centro-Norte mais seco.
E em relação a temperatura, é deixar o Brasil praticamente inteiro mais quente que o normal", diz Fábio Luengo.
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Publicada por: RBSYS
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