Vendas também registraram crescimento, segundo a Apas. Alta foi maior que a média do estado. Dengue: Cresce venda preços de repelentes e inseticidas na região de Campinas
Em meio ao aumento de casos de dengue em Campinas (SP), a Associação Paulista de Supermercados (Apas) registrou aumento nas vendas e nos preços de repelentes e inseticidas em estabelecimentos do setor na região, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16).
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O levantamento considerou as vendas de novembro e dezembro de 2023 e janeiro de 2024, em comparação com os mesmos meses do ano anterior. Veja números:
Novembro de 2023 em comparação a novembro de 2022
Inseticidas: ⬆ 60,6 mais vendas e ⬆ 8,0% mais caros
Repelentes: ⬆ 86,6% mais vendas e ⬆ 1,9% mais caros
Dezembro de 2023 em comparação a dezembro de 2022
Inseticidas: ⬆ 11,3 mais vendas e ⬆ 13,1% mais caros
Repelentes: ⬆ 28,8% mais vendas e ⬆ 7,2% mais caros
Janeiro de 2024 em comparação a janeiro de 2023
Inseticidas: ⬇ 3,8% menos vendas e ⬆ 10,7% mais caros
Repelentes: ⬆ 8,6% mais vendas e ⬆ 5,5% mais caros
Aumento maior que a média do estado
Segundo o economista-chefe da Apas, Felipe Queiroz, o aumento na venda de inseticidas e repelentes foi registrado em todo o estado de São Paulo, só que em menor ritmo. O aumento maior foi mesmo na região de campinas.
Aumento no preço dos inseticidas foi registrado na região de Campinas
Reprodução/EPTV
Ação em comércios
Agentes da Secretaria de Saúde vistoriaram comércios nesta sexta-feira (16) na região do Jardim São Gabriel, em Campinas, em mais uma ação de combate a prevenção à dengue. Assista na reportagem abaixo:
Agentes de saúde vistoriam comércios para combater a dengue em Campinas
Dengue em alta em Campinas
Com média de 68 novos casos de dengue por dia em 2024, Campinas atingiu 2.857 confirmações da doença nesta semana. Um crescimento de 46%, já que o número estava em 1.949 na semana passada. Não há mortes confirmadas na cidade.
Profissional realiza dedetização para combater mosquito da dengue em Campinas
Reprodução/EPTV
O patamar atingido é superior aos 2.798 casos registrados em 12 de abril de 2023, quando Campinas declarou epidemia de dengue. Segundo a Secretaria de Saúde, a cidade, desde então, está em situação de epidemia e, por isso, não vai declarar uma nova epidemia este ano.
Tempo para atingir 2.798 casos em 2023: 101 dias
Tempo para atingir 2.857 casos em 2024: 41 dias
Em nota ao g1, a Secretaria de Saúde de Campinas informou que desde dezembro de 2023 já colocou em prática uma série de medidas de prevenção e combate à dengue e reafirmou que, neste ano, agentes de Saúde já visitaram 18,4 mil imóveis. Ver nota na íntegra ao final desta reportagem.
Novos sorotipos circulando na cidade
Na semana passada, a prefeitura confirmou a reintrodução em Campinas dos sorotipos 2 e 3 da dengue. O tipo 2 não circulava desde 2021 e o 3 desde 2009. A chegada das novas variantes da doença deixa autoridades em alerta. Entenda por que em quatro pontos:
Quatro sorotipos da dengue circulam no Brasil: 1, 2, 3 e 4;
A pessoa diagnosticada com a dengue só cria anticorpos (defesa) do sorotipo específico que contraiu, portanto, pode pegar dengue novamente se for um sorotipo diferente;
Como o sorotipo 3 não é detectado em Campinas há 15 anos, uma parte grande da população não tem anticorpos para esse tipo da doença, principalmente crianças e adolescentes. Por isso, há o maior risco de infecção nos moradores em caso de contato com o mosquito transmissor.
Nos últimos anos, o sorotipo 1 predominou em Campinas, por isso, a chegada dos sorotipos 2 e 3 na cidade pode gerar quadro mais graves. Isso porque a reinfecção de dengue por um sorotipo diferente é fator de risco para a dengue grave, conhecida como dengue hemorrágica.
"A segunda infecção por qualquer sorotipo do dengue é predominantemente mais grave que a primeira, independentemente dos sorotipos e de sua seqüência", explicou o Ministério da Saúde (MS) em nota técnica.
Campinas faz mutirões de dengue
Rogério Capela
Bairros com mais casos
Segundo o painel da Prefeitura de Campinas, o número de casos na região de Sousas cresceu 82% em oito dias e o São Bernardo passou a figurar entre os bairros com mais casos. Veja lista dos 10 locais com mais confirmações da doença:
Jardim Eulina: 278 casos
Sousas: 122 casos
Centro: 100 casos
Vila 31 de março: 91 casos
São Bernardo: 90 casos
Taquaral: 88 casos
DIC III: 83 casos
Mansões Santo Antônio: 82 casos
Jardim Ipê: 80 casos
Aurélia: 78 casos
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Publicada por: RBSYS