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Jovem descobre câncer raro após fortes dores de cabeça e morre durante tratamento: 'Falava que Jesus queria levá-la', diz mãe

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Jovem descobre câncer raro após fortes dores de cabeça e morre durante tratamento: 'Falava que Jesus queria levá-la', diz mãe

Neurocirurgião explicou que Letícia Boaron, de Ponta Grossa, foi diagnosticada com tumor agressivo, incurável e difícil de ser identificado. Glioblastoma, como é chamado, é raro em jovens, conforme especialista. Estudante diagnosticada com câncer após série de dores de cabeça morre aos 21 anos Morreu em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, a estudante de medicina Letícia Boaron, de 21 anos. Ela lutava há quase dois anos contra um glioblastoma, tipo de câncer que apesar de não ser incomum, é considerado raro em pessoas jovens. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram No caso de Letícia, a mãe dela conta que o diagnóstico veio um mês após ela começar a sentir dores constantes de cabeça. Conheça a história abaixo. "Não tinha quem não gostasse dela, a Letícia tinha o poder de cativar as pessoas. Tinha muita fé e falava que Jesus queria levá-la e que ela ia sentir saudades dos pais e dos três irmãos. Não tem como aliviar essa dor", afirma a mãe Andreza Boaron. O médico neurocirurgião Fabio Viegas explica que o glioblastoma é agressivo e incurável. Além disso, normalmente é descoberto quando já está em estágio avançado porque, devido aos sintomas, é difícil de ser identificado. "Esse é o pior tipo de tumor no cérebro, é o mais letal e não tem cura. Infiltrativo, ele nasce, vai se espalhando e normalmente não causa sintomas expressivos, apenas quando atinge uma área mais específica, como o sistema monomotor ou a visão do paciente", exemplifica o especialista. Letícia Boaron lutava contra o tumor há quase dois anos Arquivo pessoal Leia também: Investigação: Homem é assassinado enquanto levava filhos para escola Após furto de papagaio: Empresário é morto a tiros ao cobrar suspeito Vídeo: Subtenente do Exército aponta arma para cabeça de trabalhador De acordo com Viegas, a dor de cabeça é o primeiro e mais comum sintoma deste tipo de câncer. A dificuldade de diagnóstico está no fato de que a "cefaléia", termo médico para dores de cabeça, pode ser reflexo de uma série de problemas – e, ao mesmo tempo, de nenhum. Por isso, a recomendação é que se procure um especialista quando dores de cabeça se tornam contínuas ou muito fortes. O diagnóstico é feito via tomografia ou ressonância magnética. Entenda o que é o glioblastoma mais abaixo "Se a dor persiste por mais de uma semana e a pessoa já tomou remédios e não melhorou, ou então se é tão intensa como nenhuma outra que já sentiu na vida, é hora de ir ao médico", aconselha o neurocirurgião. De acordo com a Associação Americana de Neurocirgiões, a incidência de casos de glioblastoma é de 3,21 a cada 100 mil pessoas. Jovem recebeu diagnóstico de sinusite antes do câncer, lembra mãe Letícia Boaron tinha 21 anos Arquivo pessoal A estudante levou cerca de um mês para descobrir o diagnóstico correto após os primeiros sintomas. Segundo a mãe de Letícia, Andreza Boaron, a jovem procurou ajuda no início de 2022, quando as dores de cabeça se intensificaram. Na época, ela tinha se mudado para a Argentina para cursar Medicina. Como era período de pandemia, indicaram que ela fizesse um teste de Covid-19, que deu negativo. A mãe conta que a médica que a atendeu, então, disse que ela poderia estar com sinusite. As dores pioraram e, no final de março, Andreza decidiu viajar a Buenos Aires de surpresa para ver como estava a filha. "Eu não sabia se era emocional, se ela querer voltar para casa, ou se ela estava doente. A colega de apartamento me disse que ela não estava bem e não queria contar para não preocupar", lembra. Dois dias após Andreza chegar à Argentina, Letícia sofreu uma convulsão. Uma tomografia mostrou o tumor e a jovem foi operada às pressas. Quando acordou, a estudante estava sem os movimentos do lado esquerdo do corpo. Letícia, então, voltou para Ponta Grossa e iniciou o tratamento contra o câncer. Um ano e onze meses depois, faleceu horas após chegar ao hospital passando mal devido ao tumor ter se espalhado por todo o cérebro. A mãe lembra que, ao entrar em Medicina, a área que mais despertou o interesse da filha foi a neurologia. O que é glioblastoma De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), o glioblastoma é o tumor maligno mais comum e agressivo do Sistema Nervoso Central. O médico neurocirurgião Fabio Viegas explica que este câncer é mais comum em homens que possuem mais de 50 anos de idade. Além das dores de cabeça, outros sintomas comuns são convulsões e sensações de formigamento, complementa o médico. Conforme Viegas, o único fator que influencia no acometimento da doença é possuir histórico familiar de câncer, não importa qual o tipo. Quanto antes o câncer for descoberto, antes pode ser removido, refletindo no aumento da expectativa de vida do paciente. "A melhor chance de controlar é descobrir o tumor bem no início. Porém, isso é difícil pela falta de sintomas", categoriza. O tratamento, conforme o especialista, é feito via cirurgia para retirada do tumor, além de radioterapia e quimioterapia. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Campos Gerais e Sul.

Publicada por: RBSYS

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