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Prefeitura de Piracicaba alega que projeto com ‘Aedes do Bem’ ficou sem viabilidade econômica e não atingiu expectativas

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Prefeitura de Piracicaba alega que projeto com ‘Aedes do Bem’ ficou sem viabilidade econômica e não atingiu expectativas

Cidade vive momento de alta nos casos e tem situação considerada de risco pela Secretaria de Saúde, mas não registra epidemia. Larvas do mosquito da dengue Reprodução/EPTV Com o projeto-piloto Aedes do Bem encerrado e a fábrica fechada desde 2018, a Prefeitura de Piracicaba afirmou que a iniciativa de combate à proliferação da dengue se tornou "economicamente inviável" e que "não atingiu os resultados esperados". A cidade foi pioneira no testes com o mosquito vetor da dengue geneticamente modificado em laboratório entre 2014 e 2018. ???? Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba Ao g1, a administração municipal afirmou ainda que estuda outras possibilidades de menor custo. "Sobre o projeto Aedes do Bem, ele ficou economicamente inviável uma vez que, além do alto custo para sua manutenção, os resultados obtidos no seu projeto-piloto não atingiram as expectativas desejadas", comunicou em nota. A Secretaria de Saúde afirmou que segue buscando alternativas sustentáveis e de menor custo para o combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. "Entre eles o Método Wolbachia, realizado no Brasil pelo Instituo Fiocruz/RJ e que conta com financiamento do Ministério da Saúde", completou. Piracicaba (SP) confirmou uma média de 45 casos de dengue por dia na última semana. Foram 320 novos casos, totalizando 1.189 desde 1º de janeiro, segundo balaço mais recente divulgado pela prefeitura. A busca por testes de dengue nos hospitais particulares registrou alta na cidade. Fábrica de Mosquitos Aedes do Bem em Piracicaba/Arquivo Claudia Assencio/G1 Empresa A Oxitec, empresa responsável pelo projeto-piloto com os aedes geneticamente modificados na época afirmou que, nos anos de aplicação dos testes, houve resultado positivo nos bairros que antes, tinham mais incidência de casos. A multinacional britânica de biotecnologia responsável por fazer a mutação genética do mosquito disse ainda que a iniciativa teve aceitação da população na região. "O projeto utilizava a primeira linhagem dos mosquitos autolimitantes OX513A, que fazia a soltura de mosquitos adultos em áreas estratégicas do município. Durante 4 anos do projeto pilotos, os resultados geraram um pico de supressão do Aedes aegypti nas áreas tratadas em 98%, com redução nos casos de dengue no CECAP após o 1º ano do projeto", especificou a CEO da Oxitec no Brasil, Natalia Ferreira. Uma pesquisa formal de opinião pública realizada com 1,2 mil moradores, feita em maio de 2019, apontou que 92% de apoio ao projeto, 94% gostariam que o projeto fosse expandido para outras áreas e 93% queriam a continuidade do mesmo, segundo a Oxitec. LEIA MAIS 'Aedes do bem' em casa? Mosquito com modificação genética para combater dengue ganha versão domiciliar Minicápsulas com mosquito transgênico reduzem população do Aedes em 95% em Indaiatuba Bairro com Aedes transgênico teve 91% menos dengue em Piracicaba Aedes do Bem em fábrica da Oxitec em Piracicaba antes de serem soltos/Arquivo Claudia Assencio/G1 "Em Indaiatuba (SP), projeto que também durou 4 anos, obtivemos resultados comprovados publicados pela Revista Científica Frontiers in Bioengineering and Biotechnology, levando à supressão significativa da população de Aedes aegypti local em até 96%, durante 11 meses em comunidades urbanas densamente povoadas e afetadas pela dengue", completou Natalia. Os dois projetos pilotos, segundo Natalia, foram fundamentais para gerar insights e melhorias no produto. "Dentre eles a forma de aplicação, embalagem, comercialização e precificação, trazendo a nova linhagem OX5034, vendida para governos, empresas e consumidores finais desde 2021", concluiu. Natalia salienta ainda que os contratos com cada município variam, baseado na quantidade de hectares a serem tratados com a solução. "Algumas cidades optam por tratar toda sua área urbana, enquanto outras preferem iniciar o tratamento em bairros mais endêmicos para viabilizar o projeto", explicou. Processo separava mosquitos Aedes machos de fêmeas em fábrica de Piracicaba Claudia Assencio/G1 Com a recente construção da nova fábrica em Campinas (SP), a Oxitec aumentou a oferta dos Aedes do Bem através de novos processos, novos equipamentos, além de automações na produção. Isso permitiu a oferta da solução para diversas empresas, indústrias e cidades de todo o Brasil, aumentando a capacidade produtiva e possibilitando a redução de custos. Aedes do Bem tem versão mini para combater doenças em uso residencial Felipe Tucci/Produtora São Paulo Aedes do Bem em casa: veja como funciona Mais recentemente, o projeto "Aedes do Bem", que utiliza mosquitos geneticamente modificados em laboratório para atuar no combate ao vetor da dengue, ganhou um novo modelo que utiliza "mini caixas" da tecnologia em versões domésticas, com dosagem menor dos insetos para uso em residências ou pequenos estabelecimentos comerciais. Como funciona a 'versão' para residências? ???? ???? O processo e a modificação genética são os mesmos. A partir do momento em que o consumidor final compra a caixa mini do "Aedes do Bem" para soltar no quintal de casa, pátio de empresa ou em pequenos comércios, ela faz a ativação dos ovos com água, eles eclodem e o inseto surge no interior da caixa. ???? O período para que o mosquito se desenvolva é de 10 a 14 dias. A partir disso, ele começa a sair entrar em contato com os Aedes fêmea. Para manter as liberações constantes, o consumidor deve ativar uma nova caixa a cada 28 dias. Quanto custa e como encontrar? ???? ???? Cada mini caixa está à venda no site da empresa por R$ 199. O envio é feito no Brasil inteiro, mas o projeto também está disponível em lojas físicas. O desafio, no entanto, segundo a CEO, é entender qual é o segmento que melhor se encaixa na proposta. Piracicaba não tem situação de epidemia, diz Saúde Na última semana, a Prefeitura de Piracicaba já tinha confirmado que o cenário atual é de risco para a doença e que a cidade tem circulação do vírus de tipo 1. No entanto, apesar dos casos em alta, a situação atual da dengue em Piracicaba não é de epidemia. Para que seja confirmada epidemia da doença, são necessários dois fatores, nenhum deles confirmado até agora na cidade: Incidência da doença permanecer em ascensão por quatro semanas consecutivas Registrar mais de 300 casos confirmados da doença a cada 100 mil habitantes Segundo a prefeitura, atualmente a cidade está na semana epidemiológica de número 7, que se encerrou no domingo (18). A progressão da dengue na cidade nas últimas quatro semanas apontou uma queda no número de confirmações. A última vez que a cidade registrou epidemia da doença foi em 2019. Em 2021 a prefeitura chegou a dizer que a cidade tinha condições para um cenário epidêmico, mas a situação não foi confirmada no balanço final do ano. Casos por região Segundo o boletim mais atualizado, não foram registradas mortes pela doença e os casos estão distribuídos da seguinte forma: A situação permanece mais grave na zona Leste da cidade, que compreende a região entre os bairros Agronomia, Cecap, Conceição, Dois Córregos, Jardim Abaeté, Jardim São Francisco, Monte Alegre, Morumbi, Piracicamirim, Pompéia, Santa Cecília, Santa Rita, Taquaral, Unileste, Vila Independência, Vila Monteiro. Como evitar o Aedes???? Segundo a prefeitura, são feitas ações durante o ano todo para evitar a proliferação do mosquito da dengue, com visitas e mutirões em todos os bairros, além da coleta de materiais inservíveis. Caso a pessoa apresente sintomas da dengue - que são febre alta, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas pela pele, além de diarreia e vômitos - deve procurar uma unidade de saúde para atendimento médico. Veja algumas das orientações para evitar a proliferação do Aedes: Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros; Tampe os tonéis e caixas d’água; Mantenha as calhas limpas; Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo; Mantenha lixeiras bem tampadas; Deixe ralos limpos e com aplicação de tela; Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia; Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais; Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas; Coloque repelentes elétricos próximos às janelas – o uso é contraindicado para pessoas alérgicas; Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados; Evite produtos de higiene com perfume, pois podem atrair insetos; Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias no g1 Piracicaba

Publicada por: RBSYS

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