Segundo estudo da UFMG, sintomas de estresse, depressão e ansiedade foram observados em pessoas que utilizam aparelhos como celular e computador com muita frequência.
Uso excessivo de telas piora saúde mental de idosos, adultos e crianças, diz pesquisa Leonardo Milagres/g1 Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) concluiu que o uso excessivo de telas está ligado a uma piora da saúde mental de idosos, adultos, adolescentes e crianças.
Segundo o estudo, sintomas de estresse, depressão e ansiedade foram observados nas pessoas que utilizam aparelhos como celular e computador com muita frequência.
Estresse, depressão e ansiedade foram observados nas pessoas que utilizam aparelhos como celular e computador com muita frequência Leonardo Milagres/g1 Uma das explicações para a degradação da saúde mental seria o aumento do tempo em frente às telas no dia a dia após a pandemia da covid-19, seja para trabalho, entretenimento ou estudo (veja mais abaixo).
Nesta reportagem você vai entender: Como a pesquisa surgiu? Como o estudo foi realizado? Quais foram os principais resultados? E as explicações? Como solucionar o problema? Veja, abaixo, os principais pontos da pesquisa: ???? Como a pesquisa surgiu? A pesquisa foi desenvolvida pela terapeuta ocupacional Renata Maria Silva Santos, durante um doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da UFMG.
A pesquisadora considera o estudo como um alerta sobre o uso excessivo das telas, a relação das pessoas com os aparelhos e o conteúdo consumido.
Pesquisadora Renata Maria Silva Santos, da UFMG, estudou a relação entre uso excessivo de telas e saúde mental Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG ???? Como o estudo foi realizado? A pesquisa foi realizada por revisão sistemática, ou seja, a partir da análise de estudos primários sobre o assunto.
Foram revisados 142 artigos, com mais de dois milhões de pessoas dos cinco continentes acompanhadas, o que proporcionou uma amostra abrangente.
A maior parte dos pacientes eram adolescentes, tendo em vista que esse público é considerado "nativo digital".
???? Quais foram os principais resultados? De modo geral, o uso excessivo de telas está ligado a uma piora da saúde mental de seus usuários, independente da idade.
Os resultados mostraram, de forma inesperada, a presença da nomofobia (medo de ficar longe do celular) em idosos.
Dos estudos que avaliaram as crianças, 72% deles encontraram aumento da depressão associado ao uso excessivo de telas.
A participação em redes sociais também foi responsável por aumentar o risco de depressão em meninas.
O mesmo aconteceu em idosos que consomem conteúdos violentos na televisão.
Os estudos também notaram a diminuição do Quociente de Inteligência (QI) para antes do previsto nas pessoas que usam telas excessivamente.
A falta de gerenciamento do tempo de tela aumenta o estresse de forma considerável entre as pessoas que a usam para o entretenimento.
Mais de 30% dos adultos americanos, por exemplo, incluem jogos de celular na rotina diária, o que atrapalha na gestão do tempo.
Em todas as faixas etárias, a tela utilizada para entretenimento tem um impacto negativo maior na saúde mental do que a usada para trabalho e estudo.
???? E as explicações? A possível explicação para a piora na saúde mental é o aumento do tempo em frente às telas no dia a dia após a pandemia da covid-19, seja para trabalho, entretenimento ou estudo.
Pacientes jovens com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e depressão tinham as telas a todo momento.
No período de pandemia, elas foram as principais aliadas contra a solidão.
Outra motivação para esses resultados é o uso de dispositivos como distração para as crianças enquanto os pais buscam realizar suas tarefas, o que contribui para o aumento nas horas de utilização.
Inclusive, o distanciamento entre pais e filhos pode causar um aumento da disposição para a depressão nas crianças.
O algoritmo das redes sociais reforça os pensamentos do indivíduo, sejam eles de alegria ou tristeza, por exemplo.
Como consequência, há uma falsa percepção de que eles estão corretos e/ou são compartilhados por todos.
Assim, o usuário fica restrito às próprias ideias.
???? Como solucionar o problema? A partir desses resultados, a pesquisadora e outros estudiosos sobre o assunto sugerem algumas medidas para solucionar o problema, como: Determinar o tempo de tela de acordo com a idade, buscar dispositivos com maiores possibilidades de socialização, como o cinema, e enriquecer o tempo livre "fora" dos aparelhos, tentando manter a mente ativa.
Incentivo às atividades físicas ao ar livre, consideradas essenciais para combater o uso excessivo de aparelhos com telas.
Buscar outras maneiras de conviver de forma saudável com as telas e auxiliar aqueles que são afetados pelo uso inadequado.
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Publicada por: RBSYS
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